Prevenção de Trobose Venosa Profunda após cirurgias

Trombose é caracterizado patologicamente pela solidificação de sangue dentro dos vasos ou do coração, no indivíduo vivo. A massa sólida formada pela coagulação é o Trombo.
Trombose resulta da ativação patológica do processo normal da coagulação sanguínea, que pode ocorrer quando existe :

1)Lesão endotelial, fator que sozinho pode iniciar a trombose;
2)Alteração do fluxo sanguíneo;
3)Hipercoagulabilidade do sangue.

Com relação às alterações do fluxo sanguíneo, duas situações favorecem a trombose:
-Retardamento do fluxo: Redução da velocidade do sangue é fator importante na gênese de trombos venosos. Insuficiência cardíaca, dilatação vascular, aumento do hematócrito, aumento da viscosidade do sangue ou redução da contração (bomba) muscular (especialmente em pacientes acamados) diminuem a velocidade sanguínea favorecem a agregação de hemácias e plaquetas e são causa importante de trombose venosa. Na síndrome da hiperviscosidade, existem aumento da resistência do fluxo e estase sanguínea nos pequenos vasos. O baixo fluxo sanguíneo causa hipóxia endotelial, agravando o quadro. Além disso, retardamento do sangue aumenta a permanência dos fatores de coagulação ativados no local. Por tudo isso a mobilização precoce de pacientes acamados é muito importante na prevenção de trombose venosa profunda após cirurgias. Redução da velocidade do sangue no interior do coração (insuficiência cardíaca, fibrilação atrial etc.) é também fator importante na gênese de trombos intracardíacos;
-Aceleração do fluxo e turbulência: Aumento da velocidade do sangue modifica o fluxo laminar , permitindo o contato das plaquetas com a superfície interna dos vasos. Turbulência do fluxo lesa o endotélio, permite que o contato das plaquetas com a parede vascular e diminui a velocidade do sangue. Turbulência é encontrada sobretudo em aneurismas, mas ocorre também em bifurcações ou emergência de ramos arteriais,locais em que a direção do fluxo se modifica e a força de cisalhamento pode deslocar células endoteliais. Defeitos cardíacos congênitos com comunicações anômalas entre átrios ou entre ventrículos se associam a fluxo em jato ou turbulento, o que causa lesão endocárdica e favorece trombose parietal.
Patologia Geral-Bogliolo-Geraldo Brasileiro Filho

O Fisioterapêuta deve ter em mente esses conhecimentos importantes que devem influenciar em suas manobras terapêuticas. Ainda, se o trombo se soltar e se deslocar pelas veias, ele pode alcançar os pulmões, onde é chamado de Embolia Pulmonar (EP). A Embolia Pulmonar é uma intercorrência potencialmente fatal, podendo levar ao óbito em questão de horas.

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